Marcas que nasceram no online expandem por lojas físicas e se aproximam do público
Muito se comenta sobre a migração de marcas do varejo físico para o online, porém na contramão deste movimento estão aquelas que começaram com o e-commerce e expandem para o off-line.
A estratégia é mais vista como fortalecimento de marca do que como ponto de venda, mas procura tornar a experiência do cliente homogênea. Independente do canal, a ideia é estar presente e disponível onde o consumidor estiver.
Aprendizados do digital podem ser bem aproveitados nesta transição, como a logística de entrega e estoque de produtos, a personalização e disponibilidade do atendimento, além do uso de métricas e dados sobre o público, muito comum no mundo online e que também pode e deve ser usado no mundo real.
Após 11 anos de sucesso na internet, o e-commerce Meu Móvel de Madeira abriu recentemente sua primeira loja física, a Casa MMM, em uma residência com mais de 90 anos na Avenida Batel, em Curitiba. Toda a arquitetura, ambientações e disposição dos produtos foram pensadas para promover o aconchego de um lar. O estabelecimento disponibiliza produtos vendidos no site e lançamentos exclusivos. A estratégia da marca se baseia no seguinte pensamento: “será que se o cliente ver o produto antes, não vai ser ainda mais motivado a comprar?”.
O e-commerce de moda feminina Amaro também passou a atuar no varejo físico. As araras têm cerca de 300 peças de coleções mensais, uma amostra do que é possível encontrar no catálogo virtual. A chamada Guideshop possui ares modernos, com computadores da Apple e grandes telões espalhados pela loja. A ideia é gerar conhecimento da marca e experimentação.
O passo mais emblemático desta tendência de movimento do digital para o real é o Amazon Books, a livraria física da maior varejista online do planeta, que traz as vantagens do varejo digital para o físico. A loja não te convida a ficar mais do que o necessário, tudo é feito para que o leitor consiga sair de lá o mais rápido possível. Não há cadeiras, poltronas, sofás ou luzes mornas. A ideia é que a livraria seja a versão fast-food do mercado literário com a função real do “compre com um click”.
O cliente entra na loja,...
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Estamos na era da transformação no va...